quinta-feira, 17 de janeiro de 2013



Colônia Espiritual, cidade espiritual, comunidade espiritual ou mundos transitórios é o lugar onde vivem os
espíritos após a morte. Existem vários tipos de colônias espirituais, temos: Colônias correcionais, 
de estudo e desenvolvimento das artes, socorristas, pesquisa no autoconhecimento e científicas e várias outras. Lá os espíritos trabalham, mandam mensagens espirituais para as pessoas encarnadas, se recuperam,
preparam-se para encarnar novamente, além de muitas outras coisas. Vamos citar nessa postagem
algumas colônias espirituais situadas sobre o Brasil, mostraremos sua localidade e sua função 
como colônia espiritual, vamos a elas:

- Colônia Regeneração: Localizada nas proximidades de Goiânia até Brasília, esta Comunidade trabalha
com a recuperação de espíritos mutilados no períspirito, além de proceder com atendimentos fluídico
concentrados, terapias, academias, tudo com o intuito de renovação interior.

- Colônia Amigos da Dor: Encontra-se no norte de Minas e extremo sul da Bahia. Realiza socorro a recém-
desencarnados através de missas. Os espíritos servidores dessa Colônia prestam atendimento em
igrejas, santas casas de misericórdia e é uma das mais antigas Colônias em terras brasileiras.

- Colônia Redenção: Se situa no leste da Bahia em formato mais ou menos triangular. Sendo uma
grande referência no mundo espiritual, esta Colônia realiza um grande trabalho em laboratório
fluídico por intermédio de seus socorristas na Terra. Encontra-se lá um arquivo com as mais lindas
histórias e exemplos de amor que o mundo já viu, começando pela história de Jesus em cenas vivas.

- Colônia Arco-Íris: Esta Comunidade Espiritual é localizada na região norte do Brasil, indo de
Porto Velho (RO) a Manaus (AM) em linha reta. Seus servidores oferecem grande amparo aos encarnados e
conhecidos como “filhos do arco-íris”.

Colônia Raios do Amanhecer: Localizada na parte central do planeta, tendo maiores núcleos no
Brasil, no norte do Amapá. Seus diferentes núcleos espalhados por vários países representam uma
atividade diferente. No Brasil se parece com um grande parque infantil, 
pois é um mundo espiritual de crianças.

- Colônia Bom Retiro: Localiza-se no Paraná tendo um formato de losango. Além de dar socorro aos
desencarnados, ela tem como principal função dar a volta ao reequilíbrio do espírito.

- Colônia Padre Chico: Situada no Triangulo Mineiro, é também conhecida no mundo espiritual
como Colônia das Margaridas. É uma colônia muito movimentada, pois nela tem espíritos abrigados
para socorro e para trabalhar em nome de Cristo.

- Colônia da Praia: Fica no sudeste do Espírito Santo. É voltada para atividades espirituais que atuam na
ecologia terrena, desenvolvem estudo e mantém observação atuando no equilíbrio exercido pelo Oceano.

- Colônia Nova Esperança: Localizada bem próximo de Palmelo (GO), esta Colônia tem como função
a catalogação de todos os espíritos que entram, saem e que permanecem no planeta, que hoje
em dia é de aproximadamente 30 bilhões de espíritos.

- Colônia das Águas: Situa-se próxima à entrada do rio Amazonas, Sua especialidade é receber os
desencarnados por problemas circulatórios e que foram afetados no períspirito.

- Colônia Morada do Sol: Encontrada na parte leste do Brasil e se estendendo até o norte da
Bahia. Esta Colônia coordena equipes espalhadas pelo planeta, os servidores levam amparo aos
portadores de “doenças tropicais” encarnados.

- Colônia das Flores: Sendo uma das maiores colônias espirituais, ela inicia na parte centra de Santa
Catarina indo até Goiás, tendo pontos no Paraná e adentrando São Paulo. Especializada em socorro aos
desencarnados vítimas de câncer e que geralmente conservam esta impressão no períspirito.

- Colônia Gramado: Sobre o Rio Grande do Sul, possui vários núcleos de atendimento socorrista.
Entre elas destacam-se as colônias “Das Orquídeas”, “Girassóis”, “Do Guaíba” e “Estrela D’alva”, todas
recebem o nome de Colônia Gramado. Específica em trabalhos de técnicas de estudo relacionados
à coluna vertebral, coordenação motora das pernas e dos pés.

- Colônia das Montanhas: Encontrada no noroeste de Minas Gerais, próximo à divisa de Goiás.
Adentrando o sudoeste entre a Serra Bonita (MG) e a Serra da Capivara (BA) e a Serra dos Gaúchos (MG),
envolve toda a área do Parque Nacional Grande Sertão Veredas, onde envolve as águas dos rios
Urucaia e Pardo com seus afluentes. - Colônia Estudo e Vida: Fica no Mato Grosso do Sul e parte da
Bolívia. Tem por finalidade o estudo da vida. Possibilita que todos os espíritos tenham autoconhecimento para compreender próprios conflitos e desencontros para qualquer assunto.

Colônia das Violetas: Situada entre Amazonas, Tocantins, Paraná e Mato Grosso, está Colônia realiza técnicas
voltadas para a cura de enfermidades cardíacas.

- Colônia do Sol Nascente: No sudoeste do estado de São Paulo, esta Comunidade apresenta um
setor de preparação do espírito para reencarnar, aguardando um momento determinado por Deus.
- Colônia do Abacateiro: Abrangendo os estados de Goiás e Mato Grosso, esta Cidade Espiritual é toda
cercada por abacateiros e desenvolve técnicas e atendimentos renais, tanto no períspirito quanto
no auxílio a todos os processos de enfermidade renal.

- Colônia do Rouxinol: Ao norte do Brasil, no Maranhão, a Colônia passa uma profunda sensação de
paz e ali ficam espíritos que desencarnaram após longo período 
de enfermidade ou que tiverammorte súbita.

- Colônia do Moscoso: Encontra-se na parte centro-leste do Espírito Santo, esta Comunidade tem o
formato de um retângulo e com características orientais, fundada por Moscos (povos que habitavam o
Mar Negro e o Mar Cáspio). A Colônia desenvolve técnicas que auxiliam o espírito a desenvolver a
autodescoberta, como essência divina. 

Além destas temos outras, como:
Nosso Lar, Colônia Socorrista Moradia, Colônia Campo da Paz, Casa Transitória de Fabiano
Colônia Redenção, Colônia da Música, Colônia Espiritual de Eurípedes, Barsanulfo
Colônia Alvorada Nova, Colônia Casa do Escritor, Colônia Triângulo, Rosa e Cruz, Sanatório Esperança
Moradias, Colônia Porto da Paz, Instituto de Confraternização Espírito Meimei
Colônia A Cruzada, Colônia Gordemônio.

Espero que tenham gostado dessaportagem, para entenderem melhor o que é uma colônia espiritual,
recomendamos que assistam ao filme Nosso Lar, ou se preferirem leiam o livro Nosso Lar, ambos são
excelentes. Fiquem com Deus!
________________________________
É bom lembrar...
Que as cidades espirituais que se localizam mais próximas a terra, normalmente são planos transitórios. Existem outros planos superiores e também inferiores. Nas colônias os espíritos aprendem a se desligar da matéria, alguns lentamente, outros com uma adaptação mais depressa. Cada espírito é um espírito, e seu tempo
em determinada colônia, em um plano inferior ou em até mesmo quando reencarnado é relativo.
Nas colônias existem animais, pois eles são princípios espirituais que estão a caminho da evolução, da
mesma forma que nós procuramos progredir. Eles também reencarnam e são bem utilizados, cuidados e
amados no mundo espiritual. No Brasil existem mais colônias do que as mostradas aqui. Este é um
trabalho que pretende mostrar uma pequena noção do que é e como se localizam as colônias e moradas.
Como disse nosso mestre Jesus: "Há várias moradas na casa do meu pai."
Além das colônias que foram criadas recentemente, existem colônias Indígenas. Apesar disso não
existe colônias para católicos, separados dos espíritas, assim como não se separam celebridades e fãs,
todos somos iguais, apenas diferenciados pelo nosso pensamento, não pela cor ou pelo
credo. Mas devemos lembrar que os espíritos mantém sintonia, seja com o bem ou com o mal, isso é que
definirá onde irá se encontrar. Lembrando que existem colônias especializadas em desenvolvimento
tecnológico, existem as que preparam trabalhadores para trabalharem nos Grupos Espíritas e
em outros núcleos também que trabalham com amor e para o amor, como as casas de Umbanda. Tem
colônias que trabalham como pronto-socorro e outras como grandes editoras, espíritos que
trabalham para trazerem obras magníficas para nós encarnados.
Espero ter ajudado e não confundido.
Abraços irmãos, fiquem com Deus.













sábado, 8 de dezembro de 2012



FELICIDADES PELO DIA DE HOJE À TODOS OS FILHOS DE OXUM NOSSA FONTE DE AMOR UNIVERSAL

ORA  YEYEO

Tudo é Amor 
Vida - É o Amor existencial. 
Razão - É o Amor que pondera. 
Estudo - É o Amor que analisa. 
Ciência - É o Amor que investiga. 
Filosofia - É o Amor que pensa. 
Religião - É o Amor que busca Deus. 
Verdade - É o Amor que se eterniza. 
Ideal - É o Amor que se eleva. 
Fé - É o Amor que se transcende. 
Esperança - É o Amor que sonha. 
Caridade - É o Amor que auxilia. 
Fraternidade - É o Amor que se expande. 
Sacrifício - É o Amor que se esforça. 
Renúncia - É o Amor que se depura. 
Simpatia - É o Amor que sorri. 
Altruísmo - É o Amor que se engrandece. 
Trabalho - É o Amor que constrói. 
Indiferença - É o Amor que se esconde. 
Desespero - É o Amor que se desgoverna. 
Paixão - É o Amor que se desequilibra. 
Ciúme - É o Amor que se desvaira. 
Egoísmo - É o Amor que se animaliza. 
Orgulho - É o Amor que enlouquece. 
Sensualismo - É o Amor que se envenena. 
Vaidade - É o Amor que se embriaga. 

Finalmente, o ódio, que julgas ser a antítese do Amor, não é senão o próprio Amor que adoeceu gravemente. CHICO XAVIER
TEM COISAS QUE O TEMPO LEVA... 

MAS TEM COISAS QUE SÓ O TEMPO TRÁS!









''''SÓ POR HOJE, NÃO TEREI MEDO.

ESPECIALMENTE NÃO HEI DE TER MEDO

DE APRECIAR QUE AQUILO QUE EU DER AO MUNDO,

O MUNDO ME DEVOLVERÁ'''''' 

''''''''''A COVARDIA É UM MEDO ACEITO,

A CORAGEM É O MEDO DOMINADO.''''''''''

'''''''APRENDA A RIR DO MEDO E A CORAGEM

APARECERÁ RESPLANDENCENTE COMO A LUZ'''''''''' 

''''''''NÃO TENHA MEDO DE DAR UM GRANDE

PASSO DIANTE DE UMA OPORTUNIDADE.

VOCE NÃO PODE ATRAVESSAR UM ABISMO

COM DOIS PEQUENOS PULINHOS'''''''''' 

quinta-feira, 6 de dezembro de 2012






Nanã
A mais velha divindade do panteão, associada às águas paradas, à lama dos pântanos, ao lodo do fundo dos rios e dos mares. O único Orixá que não reconheceu a soberania de Ògún por ser o dono dos metais. É tanto reverenciada como sendo a divindade da vida, como da morte. Seu símbolo é o Íbíri - um feixe de ramos de folha de palmeira com a ponta curvada e enfeitado com búzios.
Nana é a chuva e a garoa. O banho de chuva é uma lavagem do corpo no seu elemento, uma limpeza de grande força, uma homenagem a este grande orixá.
Nanã Buruquê representa a junção daquilo que foi criado por Deus. Ela é o ponto de contato da terra com as águas, a separação entre o que já existia, a água da terra por mando de Deus, sendo portanto também sua criação simultânea a da criação do mundo.
§  Com a junção da água e a terra surgiu o Barro.
§  O Barro com o Sopro Divino representa Movimento.
§  O Movimento adquire Estrutura.
§  Movimento e Estrutura surgiu a criação, O Homem.
Portanto, para alguns, Nanã é a Divindade Suprema que junto com Zambi fez parte da criação, sendo ela responsável pelo elemento Barro, que deu forma ao primeiro homem e de todos os seres viventes da terra, e da continuação da existência humana e também da morte, passando por uma transmutação para que se transforme continuamente e nada se perca.
Esta é uma figura muito controvertida do panteão africano. Ora perigosa e vingativa, ora praticamente desprovida de seus maiores poderes, relegada a um segundo plano amargo e sofrido, principalmente ressentido.
Orixá que também rege a Justiça, Nanã não tolera traição, indiscrição, nem roubo. Por ser Orixá muito discreto e gostar de se esconder, suas filhas podem ter um caráter completamente diferente do dela. Por exemplo, ninguém desconfiará que uma dengosa e vaidosa aparente filha de Ọ̀ṣun seria uma filha de Nanã "escondida".
Nanã faz o caminho inverso da mãe da água doce. É ela quem reconduz ao terreno do astral, as almas dos que Ọ̀ṣun colocou no mundo real. É a deusa do reino da morte, sua guardiã, quem possibilita o acesso a esse território do desconhecido.
A senhora do reino da morte é, como elemento, a terra fofa, que recebe os cadáveres, os acalenta e esquenta, numa repetição do ventre, da vida intra-uterina. É, por isso, cercada de muitos mistérios no culto e tratada pelos praticantes da Umbanda e do Candomblé, com menos familiaridade que os Orixás mais extrovertidos como Ògún e Xangô, por exemplo.
Muitos são portanto os mistérios que Nanã esconde, pois nela entram os mortos e através dela são modificados para poderem nascer novamente. Só através da morte é que poderá acontecer para cada um a nova encarnação, para novo nascimento, a vivência de um novo destino - e a responsável por esse período é justamente Nanã. Ela é considerada pelas comunidades da Umbanda e do Candomblé, como uma figura austera, justiceira e absolutamente incapaz de uma brincadeira ou então de alguma forma de explosão emocional. Por isso está sempre presente como testemunha fidedigna das lendas. Jurar por Nanã, por parte de alguém do culto, implica um compromisso muito sério e inquebrantável, pois o Orixá exige de seus filhos-de-santo e de quem a invoca em geral sempre a mesma relação austera que mantém com o mundo.
Nanã forma par com Ọbalúwaìye. E enquanto ela atua na decantação emocional e no adormecimento do espírito que irá encarnar, ele atua na passagem do plano espiritual para o material (encarnação), o envolve em uma irradiação especial, que reduz o corpo energético ao tamanho do feto já formado dentro do útero materno onde está sendo gerado, ao qual já está ligado desde que ocorreu a fecundação.
Este mistério divino que reduz o espírito, é regido por nosso amado pai Ọbalúwaìye, que é o "Senhor das Passagens" de um plano para outro.
Já nossa amada mãe Nanã, envolve o espírito que irá reencarnar em uma irradiação única, que dilui todos os acúmulos energéticos, assim como adormece sua memória, preparando-o para uma nova vida na carne, onde não se lembrará de nada do que já vivenciou. É por isso que Nanã é associada à senilidade, à velhice, que é quando a pessoa começa a se esquecer de muitas coisas que vivenciou na sua vida carnal.
Portanto, um dos campos de atuação de Nanã é a "memória" dos seres. E, se Ọ̀ṣọ́ọ̀si aguça o raciocínio, ela adormece os conhecimentos do espírito para que eles não interfiram com o destino traçado para toda uma encarnação.
Em outra linha da vida, ela é encontrada na menopausa. No inicio desta linha está Ọ̀ṣun estimulando a sexualidade feminina; no meio está Yemanjá, estimulando a maternidade; e no fim está Nanã, paralisando tanto a sexualidade quanto a geração de filhos.
Esta grande Orixá, mãe e avó, é protetora dos homens e criaturas idosas, padroeira da família, tem o domínio sobre as enchentes, as chuvas, bem como o lodo produzido por essas águas.
Quando dança no Candomblé, ela faz com os braços como se estivesse embalando uma criança. Sua festa é realizada próximo do dia de Santana, e a cerimônia se chama Dança dos Pratos.
Origem
Nanã, é um Orixá feminino de origem daomeana, que foi incorporado há séculos pela mitologia iorubá, quando o povo nagô conquistou o povo do Daomé (atual Republica do Benin) , assimilando sua cultura e incorporando alguns Orixás dos dominados à sua mitologia já estabelecida.
Resumindo esse processo cultural, Òṣàlà (mito ioruba ou nagô) continua sendo o pai e quase todos os Orixás. Iemanjá (mito igualmente ioruba) é a mãe de seus filhos (nagô) e Nanã (mito jeje) assume a figura de mãe dos filhos daomeanos, nunca se questionando a paternidade de Òṣàlà sobre estes também, paternidade essa que não é original da criação das primeiras lendas do Daomé, onde Òṣàlà obviamente não existia. Os mitos daomeanos eram mais antigos que os nagôs (vinham de uma cultura ancestral que se mostra anterior à descoberta do fogo). Tentou-se, então, acertar essa cronologia com a colocação de Nanã e o nascimento de seus filhos, como fatos anteriores ao encontro de Òṣàlà e Iemanjá.
É neste contexto, a primeira esposa de Òṣàlà, tendo com ele três filhos: Iroco (ou Tempo), Omolu (ou Ọbalúwaìye) e Oxumarê.
Umbanda
A orixá Nanã rege sobre a maturidade e seu campo preferencial de atuação é o racional dos seres. Atua decantando os seres emocionados e preparando-os para uma nova "vida", já mais equilibrada.
A orixá Nanã Buruquê rege uma dimensão formada por dois elementos, que são: terra e água. Ela é de natureza cósmica pois seu campo preferencial de atuação é o emocional dos seres que, quando recebem suas irradiações, aquietam-se, chegando até a terem suas evoluções paralisadas. E assim permanecem até que tenham passado por uma decantação completa de seus vícios e desequilíbrios mentais.
Nanã forma com Obaluaiyê a sexta linha de Umbanda, que é a linha da Evolução. E enquanto ele atua na passagem do plano espiritual para o material (encarnação), ela atua na decantação emocional e no adormecimento do espírito que irá encarnar. Saibam que os orixás Obá e Ọmọlú são regidos por magnetismos "terra pura", enquanto Nanã e Obaluaiyê são regidos por magnetismos mistos "terra-água".
Obaluaiyê absorve essência telúrica e irradia energia elemental telúrica, mas também absorve energia elemental aquática, fraciona-a em essência aquática e a mistura à sua irradiação elemental telúrica, que se torna "úmida". Já Nanã, atua de forma inversa: seu magnetismo absorve essência aquática e a irradia como energia elemental aquática; absorve o elemento terra e, após fracioná-lo em essência, irradia-o junto com sua energia aquática.
Estes dois orixás são únicos, pois atuam em pólos opostos de uma mesma linha de forças e, com processos inversos, regem a evolução dos seres. Enquanto Nanã decanta e adormece o espírito que irá reencarnar, Obaluaiyê o envolve em uma irradiação especial, que reduz o corpo energético, já adormecido, até o tamanho do feto já formado dentro do útero materno onde está sendo gerado.
Este mistério divino que reduz o espírito ao tamanho do corpo carnal, ao qual já está ligado desde que ocorreu a fecundação do óvulo pelo sêmen, é regido por nosso amado pai Obaluaiyê, que é o "Senhor das Passagens" de um plano para outro.
Já nossa amada mãe Nanã, envolve o espírito que irá reencarnar em uma irradiação única, que dilui todos os acúmulos energéticos, assim como adormece sua memória, preparando-o para uma nova vida na carne, onde não se lembrará de nada do que já vivenciou. É por isso que Nanã é associada à senilidade, à velhice, que é quando a pessoa começa a se esquecer de muitas coisas que vivenciou na sua vida carnal. Portanto, um dos campos de atuação de Nanã é a "memória" dos seres. E, se Ọ̀ṣọ́ọ̀si aguça o raciocínio, ela adormece os conhecimentos do espírito para que eles não interfiram com o destino traçado para toda uma encarnação.
Em outra linha da vida, ela é encontrada na menopausa. No inicio desta linha está Ọ̀ṣun estimulando a sexualidade feminina; no meio está Yemanjá, estimulando a maternidade; e no fim está Nanã, paralisando tanto a sexualidade quanto a geração de filhos. Nas "linhas da vida", encontramos os orixás atuando através dos sentidos e das energias. E cada um rege uma etapa da vida dos seres.
Logo, quem quiser ser categórico sobre um orixá, tome cuidado com o que afirmar, porque onde um de seus aspectos se mostra, outros estão ocultos. E o que está visível nem sempre é o principal aspecto em uma linha da vida. Saibam que Nanã em seus aspectos positivos forma pares com todos os outros treze orixás, mas sem nunca perder suas qualidades "água-terra".

Atribuições                                    
A orixá Nanã rege sobre a maturidade e seu campo preferencial de atuação é o racional dos seres. Atua decantando os seres emocionados e preparando-os para uma nova "vida", já mais equilibrada.
Características dos Filhos de Nanã
Uma pessoa que tenha Nanã como Orixá de cabeça, pode levar em conta principalmente a figura da avó: carinhosa às vezes até em excesso, levando o conceito de mãe ao exagero, mas também ranzinza, preocupada com detalhes, com forte tendência a sair censurando os outros. Não tem muito senso de humor, o que a faz valorizar demais pequenos incidentes e transformar pequenos problemas em grandes dramas. Ao mesmo tempo, tem uma grande capacidade de compreensão do ser humano, como se fosse muito mais velha do que sua própria existência. Por causa desse fator, o perdão aos que erram e o consolo para quem está sofrendo é uma habilidade natural. Nanã, através de seus filhos-de-santo, vive voltada para a comunidade, sempre tentando realizar as vontades e necessidades dos outros.
Às vezes porém, exige atenção e respeito que julga devido mas não obtido dos que a cercam. Não consegue entender como as pessoas cometem certos enganos triviais, como optam por certas saídas que para um filho de Nanã são evidentemente inadequadas. É o tipo de pessoa que não consegue compreender direito as opiniões alheias, nem aceitar que nem todos pensem da mesma forma que ela.
Suas reações bem equilibradas e a pertinência das decisões, mantém-nas sempre no caminho da sabedoria e da justiça.
Todos esses dados indicam também serem os filhos de Nanã, um pouco mais conservadores que o restante da sociedade, desejarem a volta de situações do passado, modos de vida que já se foram. Querem um mundo previsível, estável ou até voltando para trás: são aqueles que reclamam das viagens espaciais, dos novos costumes, da nova moralidade, etc.
Quanto à dados físicos, são pessoas que envelhecem rapidamente, aparentando mais idade do que realmente têm.
Os filhos de Nanã são calmos e benevolentes, agindo sempre com dignidade e gentileza. São pessoas lentas no exercício de seus afazeres, julgando haver tempo para tudo, como se o dia fosse durar uma eternidade. Muito afeiçoadas às crianças, educam-nas com ternura e excesso de mansidão, possuindo tendência a se comportar com a indulgência das avós. Suas reações bem equilibradas e a pertinência de suas decisões mantêm-nas sempre no caminho da sabedoria e da justiça, com segurança e majestade.
O tipo psicológico dos filhos de NANÃ à introvertido e calmo. Seu temperamento é severo e austero. Rabugento, é mais temido do que amado. Pouco feminina, não tem maiores atrativos e à muito afastada da sexualidade. Por medo de amar e de ser abandonada e sofrer, ela dedica sua vida ao trabalho, à vocação, à ambição social.
Como Nanã ajudou na Criação do Homem
Dizem que quando Ọlọ́run encarregou Òṣàlà de fazer o mundo e modelar o ser humano, o Orixá tentou vários caminhos. Tentou fazer o homem de ar, como ele. Não deu certo, pois o homem logo se desvaneceu. Tentou fazer de pau, mas a criatura ficou dura. De pedra, mas ainda a tentativa foi pior. Fez de fogo e o homem se consumiu. Tentou azeite, água e até vinho de palma, e nada. Foi então que Nanã veio em seu socorro e deu a Òṣàlà a lama, o barro do fundo da lagoa onde morava ela, a lama sob as águas, que é Nanã. Òṣàlà criou o homem, o modelou no barro. Com o sopro de Ọlọ́run ele caminhou. Com a ajuda dos Orixá povoou a Terra. Mas tem um dia que o homem tem que morrer. O seu corpo tem que voltar à terra, voltar à natureza de Nanã. Nanã deu a matéria no começo mas quer de volta no final tudo o que é seu.