quinta-feira, 30 de agosto de 2012












quarta-feira, 29 de agosto de 2012


A UMBANDA ESTÁ EM FESTA

PRESIDENTE DILMA ROUSSEFF SANCIONA

LEI No 12.644, DE 16 DE MAIO DE 2012

Institui o Dia Nacional da Umbanda.

A  P R E S I D E N T A  D A  R E P Ú B L I C A

Faço saber que o Congresso Nacional decreta e eu sanciono

a seguinte Lei:

Art. 1o Fica instituído o Dia Nacional da Umbanda, que será

comemorado, anualmente, em 15 de novembro.

Art. 2o Esta Lei entra em vigor na data de sua publicação.

Brasília, 16 de maio de 2012; 191o da Independência e 124o

da República.

DILMA ROUSSEFF

Anna Maria Buarque de Hollanda

Luiza Helena de Bairros

Quimbanda


A Quimbanda não é simplesmente mais uma das linhas existentes dentro dos cultos afro-brasileiros; suas influências não são somente Bantu, Nagô e Yorubá, também abrangem  em larga escala vários aspectos da Religião Indígena, Católica,  o Espiritismo moderno, a alquimia, o estudo da natureza fundamental da realidade e Correntes Orientais.
É importante lembrar que o sincretismo entre Exu e o Diabo existe, salvaguardando várias confusões ao verificar que atualmente muitas pessoas pensam que a Quimbanda é um culto satanista, tendo aquele sentimento de dualidade aonde as pessoas vêem o bem e o mal em uma luta eterna confundindo a figura do Diabo com tudo de ruim sem lembrar que Ele já teve seu martírio e foi vencido por Deus que é Quem determina o espectro e a liberdade de Suas ações desde o princípio dos tempos. O conceito de polaridades, positiva e negativa não se encaixa no plano material, aonde não quer dizer o mesmo que atitudes, positiva e negativa, principalmente tratando-se de energia pura. É como disse o sábio preto velho Vô Chico Quimbandeiro, falando da importância dos Exus, apontou uma lâmpada e disse: “Aquela é resultado do perfeito encontro entre o positivo e o negativo”.
É bom deixar claro também que o Exu da Quimbanda não é o mesmo Exu do Candomblé aonde Ele é um Orixá menor da cultura Yorubá, o Exu da Quimbanda é geralmente um Egum (antepassado), sendo que na maioria dos casos é a Alma de alguém que pertenceu ao culto, conscientemente ou não, e agora trabalha como mensageiro dos Orixás, como Exu; mais ou menos o mesmo que ocorre em outras Linhas e Bandas dedicadas a algum Orixá, por exemplo como na Linha de Ogum trabalham Espíritos de Índios e Negros que em vida foram guerreiros, usaram espada e de alguma forma pertenceram ao culto, como sabemos que Seu Ogum Sete Espadas e Ogum Sete Ponteiras do Mar não são o mesmo que o Orixá maior Ogum.
Os Espíritos, Exus, com os quais estamos tratando tiveram em sua maioria encarnações aqui na Terra em finais do século XIX e princípios a meados do século XX, daí vêm as suas vestimentas e a forma de seu comportamento.
Ainda na questão do sincretismo é muito importante frisar que os autores que até hoje discorreram sobre o assunto usaram um organograma básico para apresentar o que muitos pensam ser a verdadeira organização hierárquica da Quimbanda mas é somente a cópia de um livro antigo de evocação e cultos diabólicos da cultura ocidental que fala sobre os demônios, suas hierarquias e poderes, o “Grimorium Verum”. Considerando que este livro já existia muito antes do descobrimento do Brasil e que a Quimbanda como conhecemos é uma religião brasileira afirmo que é errado basear-se neste organograma como base para estudarmos este assunto porém não devemos esquecê-lo pois os Exus, como nós, tiveram já várias encarnações, alguns inclusive viveram nos primórdios da nossa civilização como por exemplo Exu Tata Caveira que foi um Sacerdote no Egito antigo ou inda mais longe Exu Caveira que a 30.000 anos atrás era um nômade bruxo e curandeiro, outrora estes Espíritos já trabalharam no plano astral nesta mesma Linha e alguns até ajudaram a escrever o “Grimorium”, agora pagam o Carma. O Exu quando presta caridade também evolui, além dEles nos ajudarem, através do trabalho, estamos ajudando-os a atingirem grau maior de evolução.
A Umbanda não vive sem a Quimbanda, como a árvore não vive sem a copa ou sem a raiz, então com base em estudos e prática na Quimbanda podemos afirmar que o culto como o conhecemos é o mesmo praticado na maior parte dos Terreiros de Umbanda do Brasil que para obterem equilíbrio em seus trabalhos cultuam as Sete Linhas da Umbanda e as Sete Linhas da Quimbanda, desta forma podemos discorrer aqui sobre o assunto de uma forma mais ampla e que leve a implementar os atuais conhecimentos sobre os Exus. Quimbanda não é sinônimo de satanismo e de jeito nenhum pode ser ligada a obscuridade é apenas um termo usado no Espiritismo é uma forma de estar na vanguarda do Espiritismo e da magia trabalhando a espiritualidade como um todo, uma ferramenta destinada a evolução espiritual através do poder e dos conselhos destes nossos guias protetores, os Exus, que tanto nos auxiliam nas horas de aflição. Embora não devamos julgar sabemos sim que lamentavelmente existem pessoas inescrupulosas e de má índole que usam a magia da Quimbanda para a prática do mal mas isto é culpa exclusiva do homem e não das entidades, não podemos culpar o veneno por matar e sim aquele que o utiliza como arma, não podemos culpar o Exu por fazer o que lhe é pedido mas sim quem se aproveitou deste contato espiritual para pedir que praticasse o mal. Nunca podemos esquecer da imutável Lei do Karma, tudo o que você fizer volta pra você.
Existe muita confusão a respeito do termo Macumba e acho importante esclarecer isto, este nome deriva do Banto “ma-quiumba” que quer dizer espíritos da noite, também este nome era usado no sul do país para definir mulheres negras no tempo da escravidão, por isso o uso do nome ainda hoje é usado de forma preconceituosa por pessoas ignorantes a respeito do assunto. Outra versão; Macumba era uma flauta fabricada na Bahia e o vendedor era chamado de macumbeiro. A Macumba pelo que sabemos é o mais primitivo culto sincretista do Brasil e originou-se na região sul dada a sua maior predominância da nação Banto, é desta nação que descendem a maior parte dos cultos afro-brasileiros com influências da Igreja Católica, Indígenas e das nações do Congo, Angola e Nagô. A principal razão do culto ser denominado como Macumba foi justamente por motivo de os rituais serem realizados à noite em razão de os trabalhos serem feitos com Eguns e porque durante o dia os negros trabalhavam sem descanso, vem daí a interpretação errada do ritual pelos leigos, os negros que praticavam a Maquiumba ou como ficou conhecida Macumba eram geralmente menosprezados, perjuriados e mal interpretados pelos que os escravizaram em razão de sua fé. A Igreja também condenava estes cultos com influências indígenas ou africanas dizendo que praticavam beberagens e até orgias. É verdade que as entidades bebem e até pitam e que as curimbas, danças, as vezes são bastante sensuais mas venhamos e convenhamos que entre isto e orgias e beberagem há uma grande diferença. Quando os grupos de nações começaram a procurar e a valorizar mais a sua natureza e identidade cultural é que a Macumba se dividiu, surgiu então o Candomblé de Angola, o Candomblé do Congo, o Candomblé de Caboclo ou dos Encantados e o Catimbó, no final do século XIX surgiu a Macumba Urbana que tinha participação de brancos pobres e descendentes de escravos; finalmente no inicio do século XX surgiram a Umbanda e a Quimbanda com uma forte influência do Espiritismo e com o sincretismo religioso.
A formação da Quimbanda teve uma forte influência dos escravos e índios que sincretizaram Exu com o Diabo por este ser “inimigo dos brancos” e por não aceitarem os Santos Católicos, identificando-se assim mais uma vez com o Diabo. Com o advento da Umbanda começou o trabalho de Quimbanda em Terreiros de Umbanda o que deu sustentação firme aos trabalhos com os, “Compadres”, Exus e assim formatou-se o atual culto da Quimbanda. Na verdade pode-se dizer que a Quimbanda como a conhecemos atualmente nasceu juntamente com a Umbanda em 15 de novembro de 1908 pois uma Linha completa o outra formando esta força que nos da vida e este reino cheio de luz.


A LENDA DO DRAGÃO


Voc
ês conhecem a LENDA DO DRAGÃO, que está na imagem atual de São Jorge?

Vejam como ela é cheia de simbologias:

A imagem atual do santo, sentado num cavalo com uma lan
ça que atravessa um dragão, está relacionada às diversas lendas criadas a seu respeito, contadas de várias maneiras em suas muitas versões. A versão mais corrente dá conta que um horrível dragão saía de vez em quando das profundezas de um lago e atirava fogo contra os muros de uma longínqua cidade do Oriente, trazendo morte com seu mortífero hálito. Para não destruir toda a cidade, o dragão exigia regularmente que lhe entregassem jovens mulheres para serem devoradas.

Um dia coube
à filha do Rei ser oferecida como comida ao monstro. O monarca, que nada pôde fazer para evitar esse horrível destino da sua filha, acompanhou-a com lágrimas até as margens do lago. A princesa parecia irremediavelmente destinada a um fim atroz, quando de repente apareceu um corajoso cavaleiro vindo da Capadócia, montado num cavalo branco: São Jorge.

Destemidamente, enfrentou as perigosas labaredas de fogo que sa
íam da boca do dragão e as venenosas nuvens de fumaça de enxofre que eram expelidas pelas narinas do monstro. Após um duro combate, finalmente São Jorge venceu o terrível dragão, com sua espada de ouro e sua lança de aço. O misterioso cavaleiro assegurou ao povo que tinha vindo, em nome de Cristo, para vencer o dragão e que eles deviam converter-se e serem batizados.

Para alguns, o drag
ão (o demônio) simbolizaria a idolatria destruída com as armas da Fé. Já a donzela que o santo defendeu, representaria a província da qual ele extirpou as heresias.

terça-feira, 28 de agosto de 2012


             Para pensar...

ÍTACA

Quando você partir, em direção a Ítaca, que sua jornada seja longa, repleta de aventuras, plena de conhecimento.
Não temas Laestrigones e Ciclopes nem o furioso Poseidon; você não irá encontrá-los durante o caminho, se o pensamento estiver elevado, se a emoção jamais abandonar seu corpo e seu espírito.
Laestrigones e Ciclopes, e o furioso Poseidon não estarão em seu caminho se você  não carregá-los em sua alma, se sua alma não os colocar diante de seus passos.
Espero que sua estrada seja longa.
Que sejam muitas as manhãs de verão que o prazer de ver os primeiros partos traga uma alegria nunca vista.
Procure visitar os empórios da Fenícia, recolha o que há de melhor.
Vá as cidades do Egito, aprenda com um povo que tem tanto a ensinar.
Não perca Ítaca de vista, pois chegar lá é o seu destino.
Mas não apresse os seus passos; é melhor que a jornada demore muitos anos e seu barco só ancore na ilha quando você já enriquecido com o que conheceu no caminho.
Não espere que Ítaca lhe dê mais riquezas.
Ítaca já lhe deu uma bela viagem; sem Ítaca, você jamais teria partido. Ela já lhe deu tudo, e nada mais pode lhe dar.
Se, no final, você achar que Ítaca é pobre, não pense que  ela o enganou.
Por que, você tornou-se um sábio, viveu uma vida intensa, e este é o significado de Ítaca.

-KONSTANTINOS KAVAFIS (1863-1933) 

sábado, 25 de agosto de 2012

http://observatorio-da-cidade.webnode.com//
http://observatorio-da-cidade.webnode.com//
Deficiências


¨Deficiente¨ é aquele que não consegue modificar a vida, aceitando as imposições de outras pessoas ou da sociedade em que vive, sem ter consciência de que é dono do seu destino. 
 ¨Louco¨é quem não procura ser feliz com o que possui.      
¨Cego¨é aquele que não  vê seu próximo morrer de frio, de fome, de miséria. E só tem olhos para seus míseros problemas e pequenas dores.
¨Surdo¨é aquele que não tem tempo de ouvir um desabafo de um amigo, ou apelo de um irmão. Pois está sempre apressado para o trabalho e quer garantir seus tostões no fim do mês.
¨Mudo¨ é aquele  que não consegue falar o que sente e se esconde por trás da máscara da hipocrisia.                                                                                                                      
¨Paralítico¨ é quem não consegue andar na direção daqueles que precisam de sua ajuda                
¨Diabético¨é quem não consegue ser doce.                                                                     
¨Anão¨ é quem não sabe deixar o amor crescer.
E, finalmente, a maior das deficiências é ser miserável, pois ¨MISERÁVEIS¨são todas que não conseguem falar com Deus.

MARIO QUINTANA



sexta-feira, 24 de agosto de 2012

Tem coisas que o tempo leva. 
Mas tem coisas que só o tempo trás!




AS LEIS MORAIS

1  Adoração
2 Trabalho
3 Reprodução
4 Conservação
5 Destruição
6 Progresso
7 Sociedade
8 Liberdade
9 Igualdade
10 Justiça, Amor, Caridade

 Não Esquecer





Dize:  Deus é suficiente para todas as coisas.
          E nada, nos céus, ou na Terra, é suficiente, a não ser Deus.
O BAB





quinta-feira, 23 de agosto de 2012


AS SETE LÁGRIMNAS DE UM PRETO VELHO


Num cantinho de um terreiro,
sentado ao seu banquinho,
um triste preto velho chorava...
De seus olhos molhados,
esquisitas lágrimas desciam pela face,
e não sei por que, contei-as:
eram sete.

Na incontida vontade de saber,
aproximei-me e o interroguei:
Fala meu preto velho,
porque externas assim tão terrível dor?
E ele suavemente, me contou:
Estás vendo estas pessoas que entram e saem?
As lágrimas contadas são para cada uma delas.


A 1ª filho, eu dei a estes indiferentes,
que aqui vem em busca de distração,
e saem por aí, ironizando aquilo que
suas mentes ofuscadas não conseguem conceber...

A 2ª filho, a estes eternos duvidosos,
que acreditam desacreditando,
na expectativa mentirosa de um milagre,
que os faça alcançar seus próprios merecimentos,
e me negam.

A 3ª filho, distribui aos maus,
àqueles que somente usam a Umbanda em busca de vingança, desejando sempre prejudicar o seu semelhante...

A 4ª aos frios e calculistas que sabem
que existe uma força espiritual e procuram
beneficiar-se dela, de qualquer forma,
e se esquecem da palavra gratidão.

A 5ª filho, chega suave, tem o riso,
o elogio da flor dos lábios,
mas se olharem fundo nos olhos,
verão escrito: creio na Umbanda,
nos teus caboclos e no teu Zambi,
mas somente se me curarem disto ou daquilo...

A 6ª eu dei aos fúteis,
que vão de centro em centro não acreditando em nada,
buscam aconchego e conchavos,
e seus olhos revelam um interesse diferente.

A 7ª filho, notas como foi grande e como deslizou pesada?
Foi á última lágrima,
aquela que vive nos olhos de todos os orixás...
Fiz doação desta para os médiuns vaidosos,
que só aparecem no centro em dia de festa,
e faltam às doutrinas...
Esquecem que existem tantas pessoas
precisando de carinho e atenção
e tantas criancinhas precisando de
amparo material e espiritual.

Assim, filho, foi para estes todos que vistes cair uma a uma,
as sete lágrimas de um preto velho.

sexta-feira, 10 de agosto de 2012


EXÚ


Exu é quem abre nossos caminhos, mas também fecha, tranca e acorrenta nossa vida quando nos encontramos desequilibrados e viciados numa maldade e numa possessão sem fim. Isso é a Lei!
Exu é a força que atua sobre o negativo de qualquer pessoa tentando equilibrar essa ação. É aquele que faz o erro virar acerto e o acerto virar o erro. Exu escreve reto em linhas tortas, escreve torto em linhas retas e escreve torto em linhas tortas.
Com tudo isso esclarecido fica fácil entender que Exu não precisa de vela branca para receber luz, Ele já é a própria LUZ. Exu não é Dual, pois só age de acordo com a nossa dualidade e conforme a nossa necessidade ou merecimento, sempre respeitando a Lei de Ação e Reação. Exu não faz o que queremos, faz o que a Lei Divina ordena e determina, sempre sob ordem de Ogum.
Exu não faz, não participa e não orienta nenhum tipo de magia negativa, Exu é Mago Realizador por excelência, e conhece absolutamente tudo sobre magia. No entanto, conhece também a Lei Divina e a cumpre com perfeição a cada momento. Portanto, se algum Exu estiver orientando ou fazendo algum tipo de magia negativa, saiba com toda a convicção que esse espírito NÃO É EXU. Mesmo porque Não existe ‘trabalho feito’ por Exu, o que existe e quem faz esses trabalhos negativos são quiumbas e eguns se passando por exus, dando nomes de exus e aproveitando do desequilíbrio do médium para fazer e ensinar o mal. Cobrando e ameaçando pessoas que por afinidade também querem se locupletar, usar, dominar outras pessoas e situações. Nesse caso, essas pessoas atraem para si tormentos indissolúveis a pequeno e médio prazo, isso é fato.
Magia negativa é ação do homem que deseja mais do que pode, deve e merece. É o homem se achando deus, atraindo para si espíritos afins com seus vícios e desejos. Exu dá e faz somente aquilo que for de merecimento e de necessidade para o Ser segundo a Lei Divina.
Digo sempre que ninguém nos ama mais que Exu porque são Eles quem lidam com o que há de mais negativo e asqueroso dentro de nós

“Embora ninguém possa voltar atrás e fazer um novo começo
qualquer um pode começar agora e fazer um novo fim.”

“Plante amor e paz e a vida lhe trará colheita de paz e amor”

“ A desilusão de agora será benção Valorize o tempo.
A vida é breve e perder tempo é pecado.”

COMEÇO DE TAREFAS
 Diz você que deseja iniciar-se nos serviços do bem.
Não perca tempo na indecisão.
Eis aqui alguns modelos para começar.
Experimente suportar sempre com paciência e
carinho algum familiar de trato áspero.
Nos recintos onde surjam atividades de natureza coletiva
 ampare espontaneamente a algum enfermo ou á essa ou
aquela criança incomodada que requisitem atenção.
Procure , no campo do próprio dever, ofertar ao seu próprio
trabalho alguns momentos de cooperação  extra,
sem a preocupação de obter gratificações ou elogios.
Busque tornar menos pesado o dia de algum companheiro
que você saiba que esta em provação.
Se você é o centro, mesmo involuntário,
De algum fato desagradável seja a primeira pessoa a sorrir ,
desfazendo tensões ou aborrecimentos capazes de aparecer
Não reclame. Não condene. Não se queixe.
Não grite. Não tema servir.
Aqui ficam algumas indicações para os companheiros
que aspirem a matricular-se na. Seara do bem.
Depois de iniciado semelhante trabalho ,do ponto de vista externo,
então passaremos ás tarefas da renovação intima ,
que são muito mais complexas  e mais difíceis, é... claro.

Guardião da Capa Preta


Capa Preta

  Exú Capa Preta em suas reencarnações sempre foi bruxo Tatá de Quimbanda e Ganga de Magia Negra conhecedor de toda magia trabalha tanto na encruzilhada como no cemitério, na encruza trabalha sobre as ordens do Exú Rei das Sete Encruzilhadas e Orixá Bará Lodê no reino das almas pelas ordens de Mestre Omolu e orixá Xangô Camucá.
  Conhecedor dos mistérios ocultos da alta magia gosta de trabalhar com uma suntuosa capa preta e um belo chapéu aprecia cachaça e vinho de boa qualidade e um bom charuto.
  No Reino dos Exús é encarregado de descobrir desvendar toda magia e forças negativas que esteja prejudicando o ser humano tem poder de grande feitiço seus trabalhos são difíceis de serem desmanchados por ser o senhor do conhecimento das Magias ocultas.
Quando trabalha na Quimbanda e na Magia tem grande poder para causar brigas, discórdias e arruaças, seus trabalhos por este lado nenhum outro exu desmancha e jamais são descobertos protegendo sempre seus cavalos; Quando esta na linha branca desfaz os feitiços e trabalha nas aberturas de caminhos no modo geral.
  Bem quando simpatiza com seu médium ensina vários fundamentos importantes de Magia, mas quando o desagrada sua exigência é árdua por isto tem que ser sábio ao lidar com este Exú saber conversar e pedir a esta maravilhosa entidade que tanto coopera com seus irmãos homens e mulheres que a ele procuram com um pedido de ajuda e misericórdia.

O encontro de Zé Pelintra e Lampião



Um dia desses, passeando por Aruanda, escutei um conto muito interessante. Uma história sobre o encontro de Zé Pelintra com Lampião.
Dizem que tudo começou quando Zé Pelintra, malandro descolado na vida, tentou aproximar - se de Maria Bonita, pois a achava uma mulher muito atraente e forte, como ele gostava. Virgulino, ou melhor, Lampião, não gostou nada da história e veio tirar satisfação com o Zé:
- Então você é o tal do Zé Pelintra? Olha aqui cabra, devia te encher de bala, mas não adianta.Tamo tudo morto já! Mas escuta bem, se tu mexer com a Maria Bonita de novo, vou dá um jeito de te mandar pro inferno.
- Inferno? Hahahaha, eu entro e saiu de lá toda hora, num vai ser novidade nenhuma pra mim!_ respondeu o malandro _ Além do mais, eu nem sabia que a gracinha da "Maria" tinha um "esposo"! Então é por isso que ela vive a me esnobar!
- Gracinha? Olha aqui cabra safado, tu dobre a língua pra falar dela, se não tu vai conhecer quem é Lampião! _ disse Virgulino puxando a peixeira, já que não era e nunca seria, um homem de muita paciência.
- Que isso homem, tá me ameaçando? Você acha que aqui tem bobo?_ e Zé Pelintra estralou os dedos, surgindo toda uma falange de espíritos amigos do malandro, afinal ele conhecia a fama de Lampião e sabia que a parada era dura.
Mas Lampião que também tinha formado toda uma falange, ou bando, como ele gostava de chamar, assoviou como nos tempos de sertão e toda um "bando" de cangaceiros chegaram para participar da briga. A coisa parecia já não ter jeito, quando um espírito simples, com um chapéu na cabeça, uma camisa branca, cabelos enrolados, chegou dizendo:
- Oooooooxxxxxx! Mas o que que é isso aqui? Compadre Lampião põe essa peixeira na bainha! Oxente Zé, tu não mexeu com Maria Bonita de novo, foi? Mas eu num tinha te avisado, ooooxx, recolhe essa navalha, vamo conversar camaradas.
- Nada de conversa, esse cabra mexeu com a minha honra, agora vai ter! - Disse Lampião enfurecido!
- To te esperando olho de vidro! - respondeu Zé Pelintra.
- Pera aí! Pela amizade que vocês dois tem por mim, "Severino da Bahia", vamo baixar as armas e vamo conversar, agora!
Severino era um antigo babalorixá da Bahia, que conhecia os dois e tinha muita afeição por ambos. Os dois por consideração a ele, afinal a coisa que mais prezavam entre os homens era a amizade e lealdade, baixaram as armas. Então Severino disse:
- Olha aqui Zé, esse é o Virgulino Ferreira da Silva, o compadre Lampião, conhecido também como o "Rei do Cangaço". Ele foi o líder de um movimento, quando encarnado, chamado Banditismo ou Cangaço, correndo todo o sertão nordestino com sua revolta e luta por melhores condições de vida, distribuição de terras, fim da fome e do coronelismo, etc. Mas sabe como é, cometeu muitos abusos, acabou no fim desvirtuando e gerando muita violência.
- É, isso é verdade. Com certeza a minha luta era justa, mas os meios pelo qual lutei não foram, nem de longe, os melhores. Tem gente que diz que Lampião era justiceiro, bem.Posso dizer que num fui tão justo assim_ disse Lampião assumindo um triste semblante.
- Eu sei como é isso. Também fui um homem que lutou contra toda exploração e sofrimento que o pobre favelado sofria no Rio de Janeiro. Nasci no Sertão do Alagoas, mas os melhores e piores momentos da minha vida foram no Rio de Janeiro mesmo. Eu personificava a malandragem da época. Malandragem era um jeito esperto, "esguio", "ligeiro", de driblar os problemas da vida, a fome, a miséria, as tristezas, etc. Mas também cometi muitos excessos, fui por muitas vezes demais violento e, apesar de morrer e terem me transformado em herói, sei que não fui lá nem metade do que o povo diz_ dessa vez era Zé Pelintra quem perdia seu tradicional sorriso de canto de boca e dava vazão a sua angústia pessoal.
- Ooxx, tão vendo só, vocês tem muitas semelhanças, são heróis para o povo encarnado, mas, aqui, pesando os vossos atos, sabem que não foram tão bons assim. Todos têm senso de justiça e lealdade muito grande, mas acabaram por trilhar um caminho de dor e sangue que nunca levou e nunca levará a nada.
- É verdade, bem, acho que você não é tão ruim quanto eu pensava Zé. Todo mundo pode baixar as armas, de hoje em diante nós cangaceiros vamo respeitar Zé Pelintra, afinal, lutou e morreu pelos mesmos ideias e com a mesma angústia no coração que nós!
- O mesmo digo eu! Aonde Lampião precisar Zé Pelintra vai estar junto, pois eu posso ser malandro, mas não sou traíra e nem falso. Gostei de você, e quem é meu amigo eu acompanho até na morte.
- Oooooxxxxx! Hahahaha, mas até que enfim! Tamo começando a nos entender. Além do mais, é bom vocês dois estarem aqui, juntos com vossas falanges, porque eu queria conversar a respeito de uma coisa! Sabe o que é.
E Severino falou, falou e falou. Explicando que uma nova religião estava sendo fundada na Terra, por um tal de Caboclo das Sete Encruzilhadas, uma religião que ampararia todos os excluídos, os pobres, miseráveis e onde todo e qualquer espírito poderia se manifestar para a caridade. Explicou que o culto aos amados Pais e Mães Orixás que ele praticava quando estava encarnado iria se renovar, e eles estavam amparando e regendo todo o processo de formação da nova religião, a Umbanda.
- .é isso! Estamos precisando de pessoas com força de vontade, coragem, garra para trabalhar nas muitas linhas de Umbanda que serão formadas para prestar a caridade. E como eu fui convidado a participar, resolvi convidar vocês também! Que acham?
- Olha, eu já tenho uma experiência disso lá no culto a Jurema Sagrada, o Catimbó! Tô dentro, pode contar comigo! Eu, Zé Pelintra, vou estar presente nessa nova religião chamada Umbanda, afinal, se ela num tem preconceito em acolher um "negô" pobre, malandro e ignorante como eu, então nela e por ela eu vou trabalhar. E que os Orixás nos protejam!
- Bem, eu num sô homem de negar batalha não! Também vou tá junto de vocês, eu e todo o meu bando. Na força de "Padinho" Cícero e de todos os Orixás, que eu nem conheço quem são, mas já gosto deles assim mesmo.
E o que era pra transformar - se em uma batalha sangrenta acabou virando uma reunião de amigos. Nascia ali uma linha de Umbanda, apadrinhada pelo baiano "Severino da Bahia", pelo malandro mestre da Jurema "Zé Pelintra" e pelo temido cangaceiro "Lampião".
Junto deles vinham diversas falange. Com o malandro Zé Pelintra vinham os outros malandros lendários do Rio de Janeiro com seus nomes simbólicos: "Zé Navalha", "Sete Facadas", "Zé da Madrugada", "7 Navalhadas", "Zé da Lapa", "Nego da Lapa", entre muitos e muitos outros.
Junto com Lampião vinha a força do cangaço nordestino: Corisco, Maria Bonita, Jacinto, Raimundo, Cabeleira, Zé do Sertão, Sinhô Pereira, Xumbinho, Sabino, etc.
Severino trazia toda uma linha de mestres baianos e baianas: Zé do Coco, Zé da Lua, Simão do Bonfim, João do Coqueiro, Maria das Graças, Maria das Candeias, Maria Conga, vixi num acaba mais.
Em homenagem ao irmão Severino, o intermediador que evitou a guerra entre Zé Pelintra e Lampião, a linha foi batizada como "Linha dos Baianos", pois tanto Severino como seus principais amigos e colaboradores eram "Baianos".
E uma grande festa começou ao som do tambor, do pandeiro e da viola, pois nascia ali a linha mais alegre, mais divertida e "humana" da umbanda. Uma linha que iria acolher a qualquer um que quisesse lutar contra os abusos, contra a pobreza, a injustiça, as diferenças sociais, uma linha que teria na amizade e no companheirismo sua marca registrada. Uma linha de guerreiros, que um dia excederam - se na força, mas que hoje lutavam com as mesmas armas, agora guiados pela bandeira branca de Oxalá.
E, de repente, no meio da festa, raios, trovões e uma enorme tempestade começaram a cair. Era Iansã que abençoava todo aquele povo sofrido e batalhador, igualzinho ao povo brasileiro. A Deusa dos raios e dos ventos acolhia em seus braços todas aqueles espíritos, guerreiros como ela, que lutavam por mais igualdade e amor no nosso dia - dia.
E assim acaba a história que eu ouvi, diretamente de um preto-velho, um dia desses em Aruanda. Dizem que Zé Pelintra continua tendo uma queda por "Maria Bonita", mas deixou isso de lado devido ao respeito que tem pelo irmão Lampião. Falam, ainda, que no momento ele "namora" uma Pombagira, que conheceu quando começou a trabalhar dentro das linhas de umbanda. Por isso é que ele "baixa", às vezes, disfarçado de Exú.
Sarava malandragem baiana

quinta-feira, 2 de agosto de 2012

CABOCLO DAS 7 ENCRUZILHADAS


Se alguma vez tenho estado em contato consciente com algum espírito de luz, esse espírito é, sem dúvida, aquele que se apresenta sob o aspecto agreste, e o nome bárbaro de Caboclo das Sete Encruzilhadas.

Sentindo-o ao nosso lado, pelo bem-estar espiritual que nos envolve, pressentimos a grandeza infinita de Deus, e, guiados pela sua proteção, recebemos e suportamos os sofrimentos com  uma serenidade quase ingênua, comparável ao enlevo das crianças, nas estampas sacras, contemplando, da beira do abismo, sob as asas de um anjo, as estrelas no céu.

O Caboclo das Sete Encruzilhadas pertence à falange de Ogum, e, sob a irradiação da mãe Oxum, desempenha uma missão ordenada por Oxalá. O seu ponto emblemático representa uma flecha atravessando um coração, de baixo para cima de um lado e de outro a espada; a flecha significa direção, o coração sentimento, a espada sua falange e o conjunto significam orientação dos sentimentos para o alto, para Deus.

Estava esse espírito no espaço, no ponto de intersecção de sete caminhos, chorando sem saber o rumo que tomasse, quando lhe apareceu, na sua inefável doçura, Jesus, e mostrando-lhe numa região da terra, as tragédias da dor e os dramas da paixão humana, indicou-lhe o caminho a seguir, como missionário do consolo e da redenção. E em lembrança desse incomparável minuto de sua eternidade, e para se colocar ao nível dos trabalhadores mais humildes, o mensageiro de Cristo tirou o seu nome do número dos caminhos que o desorientavam, e ficou sendo o Caboclo das Sete Encruzilhadas.

Iniciou assim, a sua cruzada, vencendo, na ordem material, obstáculos que se renovam quando vencidos, e dos quais o maior é a qualidade das pedras com que se deve construir o novo templo. Entre a humildade e doçura extremas, a sua piedade se derrama sobre quantos o procuram, e não poucas vezes, escorrendo pela face do médium, as suas lágrimas expressam a sua tristeza, diante dessas provas inevitáveis a que as criaturas não podem fugir. .

A sua sabedoria se avizinha da onisciência. O seu profundíssimo conhecimento da Bíblia e das obras dos doutores da Igreja autorizam a suposição de que ele, em alguma encarnação, tenha sido sacerdote, porém, a medicina não lhe é mais estranha do que a teologia.

Acidentalmente, o seu saber se revela. Uma ocasião, para justificar uma falta, por esquecimento, de um de seus auxiliares humanos, explicou, minucioso, o processo de renovação das células cerebrais, descreveu os instrumentos que servem para observá-las, e contou numerosos casos de fenômenos que as atingiram e como foram tratados na grande guerra deflagrada em 1914. Também, para fazer os seus discípulos compreenderem o mecanismo, se assim posso expressar-me, dos sentimentos explicou a teoria das vibrações e a dos fluídos, e numa ascensão gradativa, na mais singela das linguagens, ensinou a homens de cultura desigual as transcendentes leis astronômicas. De outra feita, respondendo a consulta de um espírita que é capitalista em São Paulo e representa interesses europeus, produziu um estudo admirável da situação financeira criada para a França, pela quebra do padrão ouro na Inglaterra.

A linguagem do Caboclo das Sete Encruzilhadas varia, de acordo com a mentalidade de seus auditórios. Ora chã, ora simples, sem um atavio, ora fulgurante nos arrojos da alta eloqüência, nunca desce tanto, que se abastarde, nem se eleva demais, que se torne inacessível.

A sua paciência de mestre é, como a sua tolerância de chefe, ilimitada. Leva anos a repetir, em todos os tons, através de parábolas, por meio de narrativas, o mesmo conselho, a mesma lição, até que o discípulo, depois de tê-la compreendido, comece a praticá-la.

A sua sensibilidade, ou perceptibilidade é rápida, surpreendendo. Resolvi, certa vez, explicar os dez mandamentos da Lei de Deus aos meus companheiros, e, à tarde, quando me lembrei da reunião da noite, procurei, concentrando-me, comunicar-me com o missionário de Jesus, pedindo-lhe uma sugestão, uma idéia, pois não sabia como discorrer sobre o mandamento primeiro: Ao chegar à Tenda, encontrei o seu médium, que viera apressadamente das Neves, no município de São Gonçalo, por uma ordem recebida à última hora, e o Caboclo das Sete Encruzilhadas baixando em nossa reunião, discorreu espontaneamente sobre aquele mandamento, e, concluindo, disse-me: Agora, nas outras reuniões, podeis explicar aos outros, como é vosso desejo.

E esse caso se repetiu: - havia necessidade de falar sobre as Sete Linhas de Umbanda, e, incerto sobre a de Xangô, implorei mentalmente, o auxílio desse espírito, e de novo o seu médium, por ordem de última hora, compareceu à nossa reunião, onde o grande guia esclareceu, numa alocução transparente, as nossas dúvidas sobre essa linha.

A primeira vez em que os videntes o vislumbraram, no início de sua missão, o Caboclo das Sete Encruzilhadas se apresentou como um homem de meia idade, a pele bronzeada, vestindo uma túnica branca, atravessada por uma faixa onde brilhava, em letras de luz, a palavra \"CARITAS\". Depois, e por muito tempo, só se mostrava como caboclo, utilizando tanga de plumas, e mais atributos dos pajés silvícolas. Passou, mais tarde, a ser visível na alvura de sua túnica primitiva, mas há anos acreditamos que só em algumas circunstâncias se reveste de forma corpórea, pois os videntes não o vêem, e quando a nossa sensibilidade e outros guias assinalam a sua presença, fulge no ar uma vibração azul e uma claridade dessa cor paira no ambiente.

Para dar desempenho à sua missão na terra, o Caboclo das Sete Encruzilhadas fundou quatro Tendas em Niterói e nesta cidade, e outras fora das duas capitais, todas da Linha Branca de Umbanda e Demanda.